Luma Elora Aislin

Luma Elora Aislin
Sabá de Ostara

domingo, 27 de julho de 2008

As Cores da Magia...



...ou Magia Colorida?


Em minhas andanças por aí eu vejo as mais diversas opiniões sobre a magia e suas cores. Dizer que a magia não tem cor é perfeitamente correto, mas o oposto também e, como poderia ser isso? A resposta está na própria existência das cores, as cores existem, são vibrações muito mais fortes e presentes do que imaginamos, e tem vida própria. Elas estão ao redor e, entre os mundos e pensa-las é acessá-las, pensar é agir, é criar, é interagir.
As cores vibram energias específicas e reagem às mais sutis interferências.
Voltando a magia, sim, ela não tem cor, é energia, é translúcida e neutra como a água, que, aliás, é chamada de fluído universal.
Bem, um outro aspecto é o que se diz em complemento a esse pensamento teórico em que a magia não tem cor, é neutra, e depende da intenção de quem a pratica. Verdade? Sim, é verdade, porém como tudo que é aplicado a terceira dimensão, é relativa.
Não temos aqui verdades absolutas, quem não fizer esse entendimento, compreende os conceitos desse mundo até ali, por isso existem tantas dúvidas e tantas perguntas sem respostas.
A magia depende de intenções; intenções, essas, que vibram significados, e significados estão, por conseqüência de uso e práticas, associados às cores. Elas representam conceitos, idéias e sentimentos, elas exprimem conjuntos específicos de informações que abrangem determinado compartimento e, que se relacionam nas diversas dimensões e seus vários planos. Não é a toa que temos cada um de nós, nossa cor preferido, uma ou mais, depois as secundárias e por aí vai.
Além disso, em diversas fases de nossa vida, temos propensão a uma determinada cor, cor essa que, às vezes se estabelece de forma inconsciente, mas repetitiva, vai assim, ocorrendo naturalmente, muito comum ser uma cor, que normalmente não seria uma de nossas preferida, muitas vezes, até o contrário, uma cor que nos era desagradável.
O que defini acima se dá da seguinte maneira, mais ou menos, normalmente ela nos chega como presente, destoa de tudo o que temos, e o presente fica lá, vem de alguém querido (que sabe nosso gosto e pisa na maionese, nos presenteando com algo insólito) então, um dia aquela peça encontra ressonância com outra peça, que irá lhe atrair a atenção, você terá ímpeto de excluí-la, devido a cor, mas ela vai lhe cair tão bem e, você lembra daquele presente, e percebe muito feliz que achou “uma peça para combinar”, você não precisa mais “passar adiante” o presente. Então, dando seguimento, um dia você levanta e quando se dá conta, “está” vestida com seu conjunto, que antes era destoante, e você se sente bem, muito à vontade... e, passado algum tempo, percebe que seu armário contém “várias” peças e o conjunto aumentou consideravelmente, e que saíram de seu armário várias peças de uma determinada cor, cor essa que você sempre usou e que “amava”! É gradual, às vezes, mais lento, outras vezes num rompante sucessivo de “coincidências”, normalmente acontece de aquela virar a “cor da estação”, exatamente naquele momento. E, você aí me dirá! Assim é fácil, não será coincidência, será uma imposição de mercado! E, eu te respondo: Não! Porque não temos aqui o perfil humano que troca cores e estilos por tendências de moda, todo ano “acontece isso” e você não fica todo ano, trocando cores e roupas, como se fossem coisas descartáveis, e mesmo que seja esse o caso, nunca existe uma “cor” da estação, existe um leque, para que as pessoas escolham de acordo com seu gosto. Estou falando de “escolher” o inusitado, de haver maneiras de não escolhas, que normalmente ocorrem no primeiro contato. Estou falando de coincidências em série e de uma adesão que normalmente não aconteceria e que, mais ainda, muitas vezes não é registrada à nível de consciência. Em dado momento é comum acontecer um “acordar” em que em meio a uma conversa, sai o seguinte “quando vi meu guarda roupa tinha mudado, nem sei como isso aconteceu, mas faz mais ou menos à uns três anos, minhas peças básicas eram todas pretas e agora tenho um guarda roupa verde musgo! Ainda bem que meu casacão preto combina com minhas novas peças verdes”, para minutos depois concluir, “mas, vou mandar fazer um verde também, não vou esperar para comprar pronto, tentei no inverno passado e no anterior e não encontrei! Esse ano mando fazer, e pronto!” E, normalmente, terá alguém que vai dizer, que engraçado! Lembro que nunca gostastes de verde!
Percebem como as coisas ocorrem? É diferente do escolher, do querer mudar por modismo, apenas, ou por falta de opção. Não que, por vezes, não ocorra por essa via também.
Voltando a magia, insípida, sem cor e sem cheiro etc. Percebe-se que essa característica, assim é, para que seja preenchida e por quem e com que ela será preenchida. A magia é preenchida, por um ente imbuído de intenções e nessas intenções, existe o realizar, que será acessado através de símbolos harmônicos e dentre esses símbolos, estão as cores, essas inerentes à quase todos os demais símbolos.
Daí resulta a verdade relativa dos termos: MAGIA BRANCA, MAGIA NEGRA, MAGIA VERDE, MAGIA VERMELHA, MAGIA CINZA, etc. Talvez vocês achem graça por eu ter colocado o etc. Mas, é bem por aí... Talvez ainda não tenhamos descoberto, ou a usamos de forma inconsciente, sem que aja o registro mental, sim! Esses, um de nossos erros mais freqüentes, agimos fora do contexto, agimos no ontem e no lá na frente, esquecemos do aqui, nesse momento. O tão repetitivo “presente”, nas mais variadas formas religiosas, a expressão, se “concentrar”, “esvaziar a mente”, “calar o diálogo mental”, em “êxtase” etc.
Não é dessa mesma maneira que devemos proceder quando manipulamos a magia? Quando da feitura de um ritual, um feitiço?
Pois é, a consciência ativada, centrada, firme e determinada. É para tanto que os símbolos são nossos aliados, nossos portais, nossos instrumentos de contato e ancoramento daquilo que está lá, que é fluído, mental, que existe no mundo “real”, ou seja, o mundo espiritual, o outro lado do véu (para usar uma linguagem mística).
Assim, estipulou-se ao longo dos tempos, que toda intenção maléfica, sombria, encontra ressonância com a cor negra. O “lado negro da força”, tal sentido está imbuído à séculos e encontra uma solução de continuidade através da prática e do sentido.
É certo que toda coisa “má” se esconde, atua nas sombras, normalmente as más intenções são sempre camufladas. Vemos isso nas pessoas, no dia a dia da vida, todos são “bonzinhos”, todos são vítimas, muito poucos assumem sua forma de ser “contra a corrente”.
Há até os que não “são” mas, se coadunam com esse estar e ser, justamente por uma postura de revolta frente aos “bonzinhos enrustidos”, a hipocrisia vigente no status social e religioso.
Se fizermos uma análise do “negro”, veremos que não é uma cor, pelo contrário, é a ausência de todas as cores, o vazio total e absoluto, o receptor universal. Sendo assim, o negro assume um aspecto protetor, no interior do próprio negro, porque qualquer coisa que não seja negro se torna facilmente visível.
O negro se imbuiu assim, naturalmente de poder. Um poder que, claro, encontrou respaldo naqueles que querem ter a posse plena de seu próprio poder pessoal. Aqui, temos o manto negro de Apolônio de Tiana, que sob seu manto protetor, um mago está a salvo do que for. E, que assim, na sua invisibilidade pode desenvolver seus poderes e sua magia.
No segmento, e em total distorção, o período Medieval de nossa história imbuiu todos esses aspectos de malignidade, mas somente para os fiéis, claro, porque o negro é a cor das vestimentas clericais! Porque será? Nada como denegrir algo que se quer ter o uso somente para si.
Depois do negro, e agora como cor real, temos o vermelho, aqui outro símbolo forte e como tal, fortemente distorcido. A cor do sangue, fluído vital, com ele se vive, sem ele morremos. Aqui os míticos sacrifícios e a representatividade da energia vital, que se toma ou que se oferece.
O vermelho dos senhores da guerra, o vermelho do poder, dos vampiros, o vermelho do sangue menstrual, mais mágico e místico ainda, por ser um símbolo essencialmente feminino e que propicia a fecundação e geração da vida. Um útero cheio de sangue, o cálice sagrado receptáculo das sementes divinas, laboratório alquímico por excelência, no corpo de cada mulher que pisa sobre a terra.
Daí, como não podia deixar de ser, deriva a magia vermelha, como sendo também a magia sexual. A energia gerada pela ativação desse plano, por analogia e simbolismo, o vermelho do chackra básico, da energia primeva, o fogo serpentino, a Kundalini.
A magia vermelha, a magia da vida, querem algo mais vibrante e cheio de energia telúrica e vermelha, que um vulcão em erupção.
A magia verde, fácil, não é mesmo. A magia da vida vegetal, as árvores sagradas e seus significados, o poder curativo das ervas. Aqui é tudo tão claro, que nem há muito que falar, é inclusive a magia da nossa cozinha.
A magia branca, o branco, cor virginal, cor da paz mas, branco é cor? No branco, tudo fica visível, tudo aparece, logo, tudo que se quer que apareça, se fundamenta no branco, a luz na escuridão! Mas, o branco é cor? Não! O branco vibra um arco-íris de intenções,emoções e sentimentos, é como se o branco contivesse a humanidade em seu interior. E como a humanidade tem por senda suprema a evolução espiritual, a iluminação, é mais que natural que o branco seja o símbolo da magia branca, pura, bondosa, cheia das “boas intenções”.
Interessante como tudo pode ser desvirtuado pelo ego humano. Cada um de nós lá dentro tem a necessidade inerente do bem, de se sentir bom, mesmo que para isso tenha que enganar a si próprio.
Talvez, vocês não tenham ouvido o termo “magia cinza” mas, com certeza já viram um “mago cinza” – magnificamente mostrado em “O Senhor dos Anéis”, a transmutação de Gandalf, de mago cinza para mago branco.
Eu diria que a magia cinza é uma magia franca, sincera, é uma magia que reconhece nossa condição imperfeita de estar nessa escola de aquisição de conhecimento, nesse educandário de boas maneiras, de aprimoramento emocional e burilamento moral. Isso vendo a coisa de uma forma romanceada, na realidade é usual naqueles que praticam a magia para terceiros, de acordo com a intenção dos mesmos, é um transitar de lá e cá, que acaba enfraquecendo cada vez mais a pessoa. Muitas coisas nesse estar podem entrar em choque com as próprias crenças. Ouço muito sobre a posição de neutralidade, o gesto de lavar as mãos e da responsabilidade, ficar nas mãos daqueles que desejam a execução da magia, ou melhor, que visam conseguir algum intento através do uso das práticas mágicas.
Costumo dizer, que a grande maioria dos envolvimentos com a magia resume-se a este modo de estar.
Os diversos sistemas religiosos que se utilizam dos procedimentos mágicos, atuam dessa forma.
E dessa maneira as coisas vão se imiscuindo e se entrelaçando, isso leva normalmente a uma situação de comprometimento com o livre arbítrio de um dos lados envolvidos.
Esse estado de coisas, talvez seja a principal causa de Gerald Gardner ter reforçado tanto a lei do retorno, que passou a ser entendida como a lei tríplice, seria, no seu entendimento, um carro desgovernado, o retorno da Bruxaria, como prática corrente e popular, sem que houvesse uma situação de freio.
Embora, os praticantes da Antiga Religião, ter uma postura de não proselitismo, é falta de noção, dizer que um bruxo, que se dedica a literatura, normatiza um sistema religioso “quase” extinto, mescla elementos de outros sistemas a fins, e recria algo totalmente “novo”, não tenha pensado em expansão e adeptos, o que aliás, foi exatamente o que aconteceu.
Então, sim! Magia não tem cor, apenas é uma folha em “branco”, logo portadora de todas as “cores”, em que o magista, escolhe a “cor” da tinta a ser escrita, de acordo com sua intenção, que é o instrumento que faz abrir a caixinha das mais variadas vibrações, que se pode imaginar. A caixa de “Pandora”, sim, aquela da mitologia mas, essa já é uma outra história.

Luma Elora Aislin




sexta-feira, 11 de julho de 2008

Só um sentimento....


Tua voz me acalma, teu sussurro me fala ao coração, teu sorriso me ilumina, tuas palavras me dão vida.

Assim é, e assim sempre foi.....a voz do amor carrega consigo tudo o que os homens precisam para ser feliz!

Pena que eles esqueceram de falar essa língua, nesse tom, pena que poucos conhecem, o que eu conheço.

Abençoado sejam os Deuses, por permitirem que possamos provar do conteúdo do caldeirão infinito, o néctar supremo que é o amor, que sai de lá, em forma de som para os ouvidos, de carinho para o tato, de luz para a visão, a voz para a fala, teu cheiro para o olfato....e teu gosto para meu paladar.

Abençoados sejamos nós, para compreender esse poder que transcende uma vida e se espraia pelo universo.

terça-feira, 1 de julho de 2008


"Magia"

"É aquilo que os céticos chamam de ilusão, que os tolos chamam de poder, e que os bruxos, chamam de vida"

Desconheço a autoria, mas concordo plenamente.


Luma Elora Aislin